Em seus desolhares encontro a tormenta que preciso. Pra me deixar levar e renascer na calma perdida. Procuro-a como quem canta. Algumas canções disfarçam o grave da voz.
Eu te dei tudo, meu bem. Até indiferença, que só é confortável a ti... soltando palavras ao vento e remoendo uma mágoa que só ficou em mim. Na verdade tudo o que foi feito era pra você. Era pra te ver mal, mas também pra te ver sofrer menos, era pra te ver gozar de um prazer que eu nem sei, era pra te ver chorar e querer lavar minhas mãos em ti. Me pintei de tantas cores... só pra ver se eu reconhecia algum colorido seu.Quem me dera te ferir com toda fraqueza que há em mim, com toda sobriedade desmanchada por minhas pálpebras borradas de creon. Eu pinto meus olhos e desmancho meu batom em uma boca qualquer... e acaba ficando tudo em mim... só em mim...
... só queria te abraçar e te beijar a nuca...
Eu me peço perdão por te amar de repente...
e a cada tempo, passa o medo de dizer ‘nunca mais’.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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